quinta-feira, 2 de junho de 2011

Mind Games - John Lennon



São imagens únicas de John...
@edubuys

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Eleições 2008 – Elegibilidade e seus problemas




As eleições 2008 já estão bem próximas (5 de outubro), e você? Já se decidiu? Quem tem mais de 16 anos pode exercer o direito (e dever) de escolher os representantes do governo de sua cidade. No dia 31 de julho foi lançada a campanha institucional das Eleições, que será veiculado em todas as emissoras de rádio e TV do país. O texto da campanha de conscientização do governo é o seguinte: “Se nas próximas eleições você não escolher os melhores candidatos a prefeito e vereador, sua cidade vai perder quatro anos. E quatro anos é muito tempo.”

A campanha é boa, mas será que os eleitores estão preparados para decidir os próximos quatro anos da sua cidade – e também da sua vida? Se já é difícil escolher o candidato certo dentro do rol de políticos “corretos”, imagina ter que separar o joio do trigo antes do voto?

O problema é que o STF (SupremoTribunal Federal) permitiu a candidatura de cidadãos que estejam respondendo por processos na Justiça. Na mesma decisão o órgão reiterou que a lei de inelegibilidade só se aplica a políticos julgados culpados em última instância (sem chance de apresentação de recursos contra a deliberação). Com a lentidão que a “justiça” anda neste país, os políticos continuarão se candidatando até o fim de suas vidas sem serem punidos.

O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) tem uma proposta de lei que pretende tornar inelegível o candidato que tiver sido condenado em qualquer instância por crimes eleitorais, corrupção, improbidade administrativa ou ainda crimes comuns cujas penas ultrapassem os dez anos de detenção – considerados crimes hediondos.

O projeto não consegue entrar na pauta de votação do Senado porque, em sua maioria, os líderes de partido concordam com a decisão do STF. Além disso, eles alegam que esta proposta do senador Demóstenes – mesmo aprovada pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), comissão que decide sobre a constitucionalidade das leis – seria inconstitucional por violar o pressuposto de inocência, que é garantida pela Constituição Federal. Outros alegam que mesmo aprovada, a lei seria derrubada facilmente no julgamento de qualquer processo aberto por candidato com a ficha suja, já que o STF decidiu contrariamente ao projeto. Enquanto isso, ficam os eleitores a “deus-dará”, sem saber em quem confiar, que dirá em quem votar...

De acordo com o presidente do TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro), o desembargador Roberto Wider, a responsabilidade de informar sobre a moral dos candidatos é da imprensa. A imprensa e os eleitores seriam então os responsáveis por afastar os maus políticos. O problema não citado por Wider é que poucos – ou nenhum – veículos de comunicação são completamente isentos de influência política ou dinheiro de campanhas...

Um levantamento feito pela organização não-governamental Transparência Brasil mostra que, em 2006 e 2007, os políticos que concorrem nestas eleições enriqueceram o equivalente a 46,3% de seu patrimônio inicial (de quando assumiram o cargo). Os dados são relativos a integrantes de Câmaras Municipais de capitais brasileiras e de deputados e senadores que concorrem agora como prefeitos e vices.

Ainda no mesmo levantamento foi possível registrar que as cidades com maior aumento de riquezas foram Fortaleza (135%), Boa Vista (122%) e Rio de Janeiro (108%). Isso, sem contar o número de candidatos que declararam em seus impostos de renda de 2006 e 2007 não terem nenhum centavo sequer em patrimônio algum (???!!!).

A tristeza maior é perceber que o povo brasileiro, além de perder a fé na honestidade dos políticos, já se conformou com a qualidade da politicagem feita neste país e enche a boca pra dizer que vota no candidato “X”, que rouba, mas faz alguma coisa pela sua comunidade.

Por Marla Rodrigues, do blog www.brasilescola.com

domingo, 13 de abril de 2008

A Cidade da Dengue Constroi a Cidade da Música


Administração Pública Orçamento Participativo

Imagine o responsável por um adolescente com uma idéia fixa, de que o rapaz deveria aprender a tocar violino. O problema seria de administração das contas. Para começar, só o custo de aquisição e manutenção do violino já comprometia o orçamento de tal forma, que não havia mais dinheiro para pagar o plano de saúde. Para piorar, as mensalidades da escola de música, mais o transporte ida e volta, comprometiam a própria subsistência do aluno. Na 'turrice' do responsável, insistindo nesta situação, com a má alimentação e sem assistência médica, aconteceu o inevitável. A doença tomou conta, e o futuro violinista foi enterrado sem o violino, que foi devolvido para loja, por conta de alguns trocados. Além das conclusões que cada um pode tirar desta história, comente conosco sobre em que bolso Você acha que foram parar estes trocados. Não esqueça, que apesar desta história ser ficção, qualquer semelhança pode não ser coincidência. Na hora de votar, pense quantos mosquitos podem ser eliminados com o custo de um violino, e quanta saúde pode ser construida quando os administradores do dinheiro público elegem as prioridades certas.

Orçamento Participativo é Exercício de Cidadania

O Rio de Janeiro, conhecido mundialmente como a Cidade Maravilhosa, infelizmente, hoje é a cidade da Dengue, onde se adoece aos milhares, e se morre desta doença. Na medida em que a doença avança, e doentes lotam hospitais e centros de saúde, as fragilidades do sistema de saúde ficam expostas.
Como o vetor de transmissão é o Aedes aegypti, um mosquito que pode ser combatido preventivamente, fica a sensação de que este mal poderia ter sido evitado, ou pelo menos, suas conseqüências minoradas.

A pergunta que fica é porque uma cidade tão carente em recursos para saúde, educação e infra-estrutura, apesar da elevada receita tributária, resolve aplicar o pouco que tem numa milionária Cidade da Música, deslocando verbas de assuntos tão importantes, como para o combate da dengue, e investindo pesado em um projeto não prioritário e que vai atender parcela tão minguada da população?

O projeto, transitado pela Câmara de Vereadores de forma discreta, mesmo num momento de liberação de mais de uma centena de milhões de dólares do orçamento municipal e, posteriormente, mais que dobrando o já elevado orçamento, nunca teve maior repercussão, com a população adormecida destas decisões. Tudo leva à crer que pouco se buscou participar os contribuintes.

Faz falta o orçamento participativo, pelo qual administradores públicos determinam necessidades da população, geralmente através de audiências públicas, abertas ao cidadão comum. Afinal, já que é o cidadão comum quem paga a conta, então ele deve determinar para onde vai o dinheiro. É uma questão de cidadania, como já dito em post anterior, uma prática rara em nosso Brasil.

Eduardo Buys Blog do Varejo www.varejototal.zip.net

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Compromisso de não elevar impostos valia só para 2007. O que você acha?


O ministro Guido Mantega (Fazenda) afirmou que o compromisso do governo de não elevar impostos para compensar o fim da cobrança da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) valia apenas para 2007.

"O presidente Lula disse que não mexeria na área tributária em 2007 e de fato não o fez. Estamos fazendo em 2008 e portanto está dentro daquilo que foi estabelecido", afirmou.

A proposta de prorrogar a cobrança da CPMF foi derrubada pelo Senado Federal na madrugada do dia 13 de dezembro
.

Comentamos: A resposta para a manchete em questão é uma só: trata-se de mais uma trapalhada do Sr.Ministro. Mantega tropeça sozinho, pois Lula respeita a inteligência do povo, e não vai segurar a mão do atrapalhado economista. Mesmo sem entrar no mérito da medida anunciada, chega a ser ridícula sua alegação.
"Deixa que a Natureza marca!"

Isto é o que se dizia, lá no Sul, quando um guri ruim de futebol pegava na bola, e avançava pelo campo. Não tinha erro, a bola sempre sobrava, de graça, para o adversário.
O Ministro pode até bater um bolão em economia, mas de sensibilidade e manejo político...Santo Deus, deixa que a Natureza marca!
Agora, que será um despropósito muito grande aumentar impostos num país já sufocado, cuja carga tributária atinge quase 40%, com uma reforma tributária
encalhada há anos em seu Congresso, ah isto será. Aí já será pior que perna de pau, tem um outro nome, que batiza um nobre animal de orelhas compridas. É querer comer grama. Eduardo Buys www.varejototal.zip.net.

E, se nada der certo, então o negócio é ir ao cinema.


Veja quem te espera lá...

É a estréia COISAS QUE PERDEMOS PELO CAMINHO, com Halle Berry mais no Cineweb

domingo, 9 de dezembro de 2007

ONDE ESTARIAM, HOJE, GATES E JOBS NO BRASIL ?


Em 60 anos, nunca foram feitos tantos investimentos diretos no Brasil, já acumulando US$ 33,4 BI de ingressos. Faltando pouco mais de um mês para o encerramento do ano, este total já é maior do que o recorde anterior, de 2000. Este é um fato extraordinário para a nossa economia e desenvolvimento. E mostra o Brasil como um parceiro confiável, com meios de produção promissores, mercado interno de porte e boa plataforma de exportação.
Um bom ambiente de negócios é fundamental para atrair investidores e parceiros comerciais, e o Brasil sempre foi uma nação que acolheu bem os estrangeiros, ricos ou não, empresários ou trabalhadores braçais. As grandes empresas multinacionais sempre tiveram bom trânsito entre as autoridades constituídas, mesmo nos momentos mais difíceis de nossa história. Isto, com nossos recursos naturais e todo o nosso potencial interno, é o que coloca o Brasil como a 10 ou 11a economia mundial. Mas é pouco. Termos os pés no forno e a cabeça no congelador, não é a solução de temperatura média que nos faz bem à saúde, nossas desigualdades são imensas.
Temos que enfrentar nossa realidade de frente, e de forma técnica, nos conscientizar dos nossos problemas, e ir ao encontro das soluções. Sendo o que somos, o que pode justificar 70o colocado em IDH-Índice de Desenvolvimento Humano? Para puxar o país para baixo, temos uma bateria de índices onde estamos posicionados orbitando o inaceitável centésimo lugar, em escala mundial.
Aí está a questão. Estamos mal colocados, em termos globais, com relação à Educação, a mãe de todas as soluções de felicidade e sucesso, pessoal e profissional. As posições quanto a Competitividade, Ambiente de Negócios para os pequenos negócios, Burocracia Tributária e outros tópicos, onde a imprensa já avançou bastante em considerações, mostram o quanto temos que avançar.
Se consideramos as grandes empresas de hoje como o presente, as pequenas empresas representam as grandes de amanhã, na medida em que progridam, serão parte do futuro. Se não for possível que os pequenos negócios se tornem grandes, o que será do amanhã? Não estaremos, literalmente, construindo nosso futuro. Imagine-se Steve Jobs ou Bill Gates trabalhando em uma grande loja de departamentos, um gerenciando uma boa loja de conveniências. Sim, é o que seriam, se nos USA não houvesse um ambiente propício para que dois jovens brilhantes construíssem o futuro de seu país a partir de suas garagens.
E, no Brasil, onde será que Jobs e Gates estariam?

Eduardo Buys Blog do Varejo
Se navegar é preciso, então www.varejototal.zip.net

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Releitura do Brasil

----- Original Message -----
From:
Eduardo Buys
To:
mcoimbra@antares.com.br
Cc:
edubuys@uol.com.br ; colunaonline@gmail.com
Sent: Sunday, November 25, 2007 6:48 PM

Subject: Releitura do
"A INSERÇÃO SOBERANA DO BRASIL NA ECONOMIA MUNDIAL"

Caro Professor Marcos Coimbra,
a cada releitura deste seu artigo, vislumbro novas facetas que, nós brasileiros, temos que esculpir, para moldar o Brasil como a nação que merece um lugar de alto destaque no cenário mundial.
Tenho um blog, para um deserto de meia dúzia de leitores, colegas e amigos do varejo - sou lojista no Rio de Janeiro - o Blog do Varejo http://www.varejototal.zip.net/ onde, renitentemente, apresento resumos e comentários de estudos da ONU, Pnud, UNFCCC, WEF e outras agências internacionais, que qualificam e pontuam a performance das nações nos mais diversos cenários.
E a posição do Brasil, naquilo que mais importa, tem sido lamentável.
Somos 72 em competitividade, somos 122 em ambiente de pequenos negócios, somos 178 em burocracia tributária (ultima colocação, segundo recente estudo da Price). Se temos a 10/11a economia do mundo, e somos uma real potencial em recursos naturais, então só uma perversa média ponderada entre estes fatores nos levaria à esta lamentável posição de 67 em IDH.
Quer dizer, somos uma nação com recursos naturais transbordantes, a maior insolação do mundo, uma usina de energia com um coletor solar de 8,5 MI km2 voltado diretamente para o Sol, riqueza renovável infinita, que precisamos da intelligenza nacional para valorizar, administrar e potencializar seus recursos e riquezas.
É como nas palavras do embaixador Marcos Côrtes, conselheiro da ESG, citadas pelo Professor em seu artigo: " a Segurança de uma Nação é a capacidade efetiva que tem de implementar , sem entraves inamovíveis, suas políticas e estratégias; de que o Desenvolvimento de uma Nação é a transformação de potencial nacional em poder nacional, empreendida de forma harmônica e continuada, almejando a plenitude. "
Encerro esta com um pensamento inspirador do Professor, imbuído da mesma certeza, de que ninguém melhor para cuidar do Brasil, do que os próprios brasileiros: " E para o Brasil? Num mundo globalizado, só terão participação as nações soberanas. Para ser soberana, a Nação precisa ser próspera. Para que o povo brasileiro participe atualmente do processo de globalização é preciso que o Brasil seja plenamente soberano. Para tanto, o Brasil precisa ser capaz de defender por seus próprios meios o que deseja, pois , caso não o faça, nenhum organismo internacional defenderá, além de traçar seu próprio rumo, pois, se não o fizer, o terá traçado por outro."
Temos a experiência dos últimos 500 anos de nação, e sabemos onde chegamos. Há um mundo todo pela frente.
Temos que nos conscientizar de nossa força, um poder que começa em nossas entranhas. Na medida em que regras, procedimentos e leis são feitas pelos próprios brasileiros, está em nossas mãos o nosso destino, em retirar as barreiras e impedimentos internos que nos emperram em nossa caminhada, em direção à prosperidade.
É uma tarefa indelegável, para a qual só temos um refrão: mãos à obra!
Estaremos atentos aos seus próximos textos.
Saudações, Eduardo Buys
-se navegar é preciso, então http://www.varejototal.zip.net/
cc: (1) Blog do Varejo
(2) Coluna OnLine colunaonline@gmail.com Escrito por edubuys às 20h10


A INSERÇÃO SOBERANA DO BRASIL NA ECONOMIA MUNDIAL, por Marcos Coimbra
No mundo de hoje, encontramos uma superpotência, os EUA, e duas megapotências, a União Européia (UE) e o Japão, constituindo a tríade denominada de Centros de Poder Econômico CPES. Existem ainda as potências ascendentes, constituídas por países que já dispõem, efetivamente ou em potencial, das condições indispensáveis para exercer influência predominante em seu espaço geopolítico atuando como catalisador do Poder Nacional dos Estados compreendidos nesse mesmo espaço geopolítico, como a China, por exemplo. Além disto, visualizamos ainda as pseudo-potências, que compreendem os países que reúnem condições para ser potências ascendentes, mas estão sendo impedidas de assim atuar pela incompatibilidade entre seus interesses econômicos e os dos CPES, como o Brasil.
As características essenciais do panorama internacional no terceiro milênio são: a) a existência de três CPES, com interesses econômicos tendendo à superposição; b) intensificação da superposição de interesse dos EUA e do Japão, enquanto a União Européia avança no processo de efetivação tácita da liderança germânica e absorção das economias circunvizinhas; c) globalização da economia sem o estabelecimento de genuíno sistema mundial de livre comércio, devido à prática do comércio gerenciado e da consolidação dos Blocos Regionais; d) substituição das vantagens "naturais" (recursos naturais, posição geográfica, demografia etc.) pelas vantagens "criadas pelo homem" (tecnologias de alta sofisticação e de ponta).

Já as principais características da terceira revolução industrial podem ser enunciadas como: 1) na produção industrial o insumo básico é a inteligência humana e não mais a matéria-prima; 2) a prioridade para P&D (pesquisa e desenvolvimento) passou de produtos novos para processos produtivos novos; 3) muito maior interação entre os setores secundário e terciário, fazendo também que, para com este último, as tecnologias de ponta sejam indispensáveis; 4) a mão-de-obra será menor em número mas terá maior grau de instrução; 5) os dirigentes de empresas precisarão de maior conhecimento tecnológico para orientar suas atividades no rumo da maior competitividade.

Partindo das premissas, segundo o embaixador Marcos Côrtes, conselheiro da ESG, de que "a Segurança de uma Nação é a capacidade efetiva que tem de implementar , sem entraves inamovíveis, suas políticas e estratégias; de que o Desenvolvimento de uma Nação é a transformação de potencial nacional em poder nacional, empreendida de forma harmônica e continuada, almejando a plenitude; de que a Soberania é o atributo essencial da Nação de decidir, com liberdade plena, sobre a busca e a manutenção dos seus objetivos; de que a Globalização é o processo decorrente do conjunto de políticas e estratégias dos CPES que visam a ampliar e aprofundar sua capacidade de conduzir o relacionamento internacional, em todos os seus aspectos, para satisfação plena de seus Objetivos Nacionais", podemos concluir qual o melhor caminho a ser seguido pelo Brasil, objetivando tornar-se uma potência ascendente.

OS CPES, através da mídia internacional principalmente, começaram a impor ao mundo as chamadas causas nobres (direitos humanos, direitos das minorias, justiça social, povos indígenas), bem como as novas idéias (promoção da justiça social, através da adoção da "tarifa antidumping social", penalidades comerciais para proteção ambiental -selo verde, soberania limitada, dever de ingerência, direito de intervenção, interferência humanitária, reformulação do papel das Forças Armadas).

É importante realçar que vários Blocos Econômicos Regionais (BERS) são dirigidos pelos CPES e que os menores tenderão a ser absorvidos pelos maiores, bem como que os organismos internacionais são meros instrumentos auxiliares da política e da estratégia externa dos países atuantes no âmbito internacional e muitas ONGS são empregadas sub-repticiamente como verdadeiros mecanismos auxiliares de política externa pelos CPES. 0s dados do intercâmbio comercial mostram que nossos principais parceiros, em termos de saldo comercial, em US$ milhões, dados de 2006, são UE (10.248), ALADI (10.075), EUA (9.829) e MERCOSUL (4.979). Assim, o saldo maior refere-se à América Latina. Analisando-se a pauta de exportações, de importações, o setor agro-industrial e o setor de manufaturados, percebemos que, numa comparação entre as vantagens e desvantagens de maior integração com a ALCA ou a UE, haverá para o setor agropecuário mais vantagens nas relações com a UE , enquanto será mais vantajoso para o setor industrial a aproximação maior com a ALCA.
E para o Brasil? Num mundo globalizado, só terão participação as nações soberanas. Para ser soberana, a Nação precisa ser próspera. Para que o povo brasileiro participe atualmente do processo de globalização é preciso que o Brasil seja plenamente soberano. Para tanto, o Brasil precisa ser capaz de defender por seus próprios meios o que deseja, pois , caso não o faça, nenhum organismo internacional defenderá, além de traçar seu próprio rumo, pois, se não o fizer, o terá traçado por outro. Segundo declarou, em 2001, o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, atual secretário-geral do Itamaraty : " Está em andamento um processo de desarmamento econômico e jurídico do Estado brasileiro, que teria como obstáculo as eleições. Daí a pressa na implementação das amarras fiscal e monetária expressas não apenas na independência do Banco Central, mas também nas agências reguladoras. Se o Brasil aceitar as regras da ALCA será o fim das políticas adequadas para a Economia".

Em conclusão, afirmamos que o ideal para o Brasil é procurar incrementar as relações bilaterais com outros países, em especial com os demais componentes dos BRIC`s como a China, a Rússia, a Índia, bem como ampliar o âmbito do MERCOSUL, convidando os países do Bloco Andino, procurando a integração de toda a América do Sul, e não apenas do cone sul. Aumentar o intercâmbio com a África do Sul e com os países de língua portuguesa do resto do mundo. Aproveitar-se também da existência de colônias expressivas em quantidade e qualidade, como a portuguesa e a italiana, para alavancar nosso comércio, com transferência de tecnologia. Negociar com a UE e com a ALCA sim. Incorporar-se de forma submissa, assumindo o papel de colônia, não.

Prof. Marcos CoimbraMembro do Centro Brasileiro de Estudos Estratégicos (CEBRES), Professor aposentado de Economia na UERJ e Conselheiro da ESG.mcoimbra@antares.com.br http://www.brasilsoberano.com.br/.