Comecemos com a pergunta que não quer calar: por que ler?
Comunidades inteiras perdem sua memória se esta não for registrada. Esse é um bom motivo, mas há inúmeros: o livro ainda é o meio mais eficaz de transmissão do conhecimento, do desenvolvimento do raciocínio, da ampliação de visão do mundo, de prazer também. É inconcebível uma escola sem livros, só com computadores (o excesso de informação cria a ilusão de que temos boa formação). Computador é só ferramenta, não toda a base do estudo.
O resultado aparece em estatísticas trágicas: no país, 15% dos universitários nunca leram um livro não-didático, 34% não lêem com freqüência e 18% não gostam de ler mesmo, segundo pesquisa encomendada pelo CIEE (Centro de Integração Empresa Escola) e feita pelo Instituto Toledo e Associados (junho/2007).
O resultado aparece em estatísticas trágicas: no país, 15% dos universitários nunca leram um livro não-didático, 34% não lêem com freqüência e 18% não gostam de ler mesmo, segundo pesquisa encomendada pelo CIEE (Centro de Integração Empresa Escola) e feita pelo Instituto Toledo e Associados (junho/2007).
Voltando os olhos para a educação básica o quadro também é complicado. Em relação ao analfabetismo no País nem se fala. A taxa de analfabetismo, no Brasil, caiu de 56,8% para 12,1%, de 1940 para o ano 2000 (IBGE), mas estes dados sequer são compatíveis com as taxas de década de 40 nos EUA com 2,9% de analfabetismo. Marca inglória. O Brasil ainda sustenta a pior média da América Latina e do Caribe. Segundo a CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe), a média da região foi de 9,5% e, do Brasil, 11,1%, ou seja, Bolívia. Cuba, Costa Rica, Argentina e Chile ostentam taxa de 4% de analfabetismo.
É preciso ensinar a ler e a ler bem: 33,11% dos alunos da rede pública paulista chegam à 6ª série sem saber ler, 28,6% não sabem escrever com competência, 59,44% lêem, mas não entendem e 71% apresentam textos sofríveis que esbarram em problemas de conteúdo, ortografia, gramática e até caligrafia, garrancho mesmo...texto completo no Comunique-se
(*) Jornalista, dedica-se a diversos gêneros literários.
2 comentários:
Edu e demais autores do blog:
Isso de leitura é fundamental, mas é duro concorrer com a diversão pronta da televisão e videogames.
Eu tento fazer meus filhos ler, mas prego no deserto.
Olha só, eu não sabia que vc queria que eu publicasse seua artigos, basta me mandar e avisar, é 1 prazer.
Um abraço!
LL
Grato pelo cometário, LL. Penso que livro está para o intelecto assim como o oxigêno está para a vida, e assim como precisamos respirar, ler é o que nos tornará mais vivos.
Quanto ao 2º parágrafo, o que move um 'escriba' se não a vaidade de ser lido? Mas há muito texto ruim, ou de conteúdo ou de estilo, que não merecem atenção, por isto o crivo tem que ser rigoroso.
Abraço, Edu
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