segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Os grandes vão bem? Menos mal. Mas, e os pequenos?

Um ambiente de negócios bom para todos, com a harmonia entre todos os segmentos dos negócios e da sociedade como um todo, parece ser a solução definitiva Este ambiente tem que funcionar bem para pequenos e grandes empreendimentos . Veja em nosso post de 29/10, como os grandes são atuantes, como defendem seus legítimos interesses, e com que competência: Ousadia na nova política industrial. E ademais? .
Sim, mas quanto aos pequenos negócios, quem está olhando por eles? As estatísticas globais mostram que estão totalmente sem assistência, como quando estão em 122º lugar entre 178 pases. Pode-se dizer que esta terrível afirmativa não seja verdaddeira? Quando isto vai nos incomodar o suficiente, o nosso amor próprio de cidadãos, a nossa inteligência, até o momento de empunharmos esta bandeira, não aceitando aquilo que NÃO nos é imposto?
Esta situação não é infringida ao Brasil por NINGUÉM, e sim é o resultado direto de nossas próprias leis, regras, normas e procedimentos, tudo construido pelos próprios brasileiros, por mais de 500 anos.
Agora tratemos de desregulamentar, de desconstruir o que está aí, e abrir os caminhos para o empreendedorismo e a prosperidade. De outro jeito, não vai funcionar.

Vamos à competência dos grandes, que exemplos hoje há de sobra:

Lucro do Bradesco é o maior do setor financeiro em 20 anos Valor Online
SÃO PAULO - O Bradesco apresentou hoje lucro líquido de R$ 5,817 bilhões de janeiro a setembro deste ano, um crescimento de 73,6% no comparativo anual. Segundo levantamento da consultoria Economatica, este é o maior resultado já apresentado por um banco brasileiro de capital aberto nos últimos 20 anos. Com este resultados, o Bradesco supera o Banco do Brasil, que havia apresentado o maior lucro do período em 2006, quando teve ganho líquido de R$ 4,995 bilhões.

Pão de Açúcar confirma compra da rede atacadista Assai
SÃO PAULO - A Companhia Brasileira de Distribuição (CBD), controladora do Pão de Açúcar, confirmou na sexta-feira a compra do controle acionário da rede atacadista Assai Comercial. O valor do negócio não foi divulgado.A Assai é uma das maiores atacadistas do país, com 14 lojas no Estado de São Paulo, e faturamento bruto anual da ordem de R$ 1,15 bilhão.Em matéria publicada dia 1o. de novembro no Valor Econômico, informações apuradas pela reportagem indicavam que a aquisição movimentaria entre R$ 200 milhões e R$ 350 milhões.

EMBRAER em Céu de Bigadeiro
25/10/2007 14:06 - Embraer fecha venda de 11 aviões EMB 190 por US$ 379,5 milhões à salvadorenha Taca
24/10/2007 17:58 - Royal Jordanian modifica pedido com Embraer e escolhe avião menor, US$ 5,5 milhões mais barato
19/10/2007 19:13 - Jobim reforça necessidade de modernizar frota da FAB; projeto de jato da Embraer está em análise
09/10/2007 12:13 - Embraer corrige carteira do terceiro trimestre, que registrou US$ 17,2 bilhões em pedidos

Bolsa de São Paulo fecha em novo recorde com alta de 1,45%
São Paulo, 31 out (EFE) - O índice Ibovespa da Bolsa de Valores de São Paulo fechou hoje o último pregão de outubro com uma alta de 1,45%, batendo o 42º recorde de pontuação no ano.O Ibovespa, de acordo com dados preliminares, subiu 934 pontos sobre o fechamento de terça-feira, quando caíra 1,02%.O giro financeiro foi de R$ 6,329 bilhões com total de 213.722 operações em 3,558 bilhões de títulos.

FORD, em anuncio na Veja desta semana, comemora récorde de vendas com investimento de R$ 300 MI, enquanto a Volks declara um incremento de $ 700 MI, sobre previsão original.

Quem pode achar isto, esta pujança toda, ruim? Definitivamente, ninguém. E o ponto não é este, porque no ambiente de grandes negócios as coisas vêm bem há tempos. Mas, o que dará sustentabilidade ao Brasil não serão, como não foram até a presente data, os grandes negócios. Êles, somente, não trazem prosperidade para muitos, não permeiam o desenvolvimento para a sociedade de forma mais distribuida.
Então, se os médios e pequenos negócios não vão para frente, tem-se o que é o Brasil de hoje. Uma terra com fossos profundos entre seus cidadãos. E então? O que se pode fazer? Trabalhar todo o cenário econômico com o mesmo cuidado, com a mesma inteligência.
Já que micros, pequenos e médios não têm o mesmo poder de fogo, não tem lobby forte para influenciar a máquina reguladora, então que os administradores públicos e legisladores ajam de forma consciente, para criar ambientes de prosperidade. Vemos que estas tarefas não estão bem desempenhadas, não apenas por vozes isoladas, mas através do cor forte dos índices globais que o Brasil tem alcançado.
Só para reafirmar o que já escrevemos em inúmeros posts anteriores, o Brasil está em 122o lugar em Ambiente de Negócios para a formação e desenvolvimento de pequenos novos negócios, e na 72a posição em termos de competitividade.
O Brasil precisa encontrar o seu verdadeiro lugar, perante as demais nações do mundo, um lugar compatível com suas potencialidades materiais, dos bens tangíveis que a própria natureza o dotou. Como podemos justificar a nossa incompetência, como povo, na gestão dos mais fabulosos recursos naturais disponíveis, sem falar que nosso território é o maior coletor solar do mundo ( em tamanho é o 5o maior, mas em insolação direta é, disparado o maior).

Isto significa que, além do que está no subsolo e nos mares, temos a maior estação de energia do mundo, a energia que produz alimentos, a energia que provoca a fotossíntese, limpando o ar que respiramos.
Precisamos de mais? Se estivermos errados, teremos a humildade de corrigir. Mas, se tivermos certos, que vai ajudar a empunhar esta bandeira? A bandeira de uma gestão inteligente de nossos recursos, fazendo dos próprios brasileiros os seus beneficiários, para que nos tornemos uma nação melhor, não sá para nós, mas para toda humanidade.
Vamos empunhar esta bandeira?

2 comentários:

Luis Fernando Balby disse...

O Brasil e um pais engraçado. De certa forma, nao sei se deliberadamente ou nao, estivemos sempre negando nossa opçao pelo modelo capitalista. Nossos dirigentes parecem governarem mascarando o fato de que vivemos em uma economia de mercado, aplicando sobre nos doses cavalares de assintencialismo e sua contrapartida burocratica. Essa ambiguidade, esse tipico ir em frente quase parando (tão caracteristicos de nossa cultura) nos levou a uma condiçao peculiar: herdamos a burocracia excessiva dos modelos estatais e a desiguladade dos modelos de mercado, sem usufruir no final de nenhum dos supostos beneficios de cada desses modelos.
Nesse cenario tao hostil aos pequenos negocios, em que ha um verdadeiro embate entre governo e empresarios e em que nao se pode enriquecer sem que se peça desculpas, nos afastamos cada vez mais do progresso e da atenuaçao das desigualdades extremas.
Esta passando da hora de assumirmos nossa posiçao pelo modelo de mercado e de criarmos um ambiente empresarial adequado a essa opçao.

Aos Empreendedores do Varejo, disse...

Êta sangue bão, filho de sua mãe.
Como diagnóstico, foi no centro do alvo. É como se fôssemos um bando de prostitutas querendo casar de branco ou, se preferir, um monte de freiras querendo se divertir num prostíbulo. É algo que não bate bem. Temos que nos assumir, ninguém virá nos dar a mão.