sexta-feira, 16 de novembro de 2007

É mais fácil ganhar Dólares do que Reais



Brasileiros nos USA, em busca de oportunidades

Temos batido nesta tecla tantas vezes, que dá até dó dos amigos e colegas do varejo que prestigiam o Blog do Varejo http://www.varejototal.zip.net/ , mas é muito incomodo, pessoal e profissionalmente, como player do mercado e como cidadão, estar consciente de nossa realidade, perante o mundo dos negócios.
Ao mesmo tempo em que temos a 10ª ou 11ª economia do mundo, em termos absolutos, temos um manancial de riquezas no subsolo, em minérios que nos faz um dos top 10 do planeta, uma área agricultável das maiores da Terra, e a maior insolação entre todos os países, ainda assim nos colocamos em posições absolutamente subalternas quando comparados globalmente com as demais nações.

Como podemos estar em 67º no IDH - Índice de desenvolvimento Humano, que mensura condições como educação, habitação, saúde e muitos outros setores mais básicos da sobrevivência humana. Não dá para se conformar. Para um resultado tão ruim, só mesmo se o Brasil não oferecesse as oportunidades esperadas, frente aos imensos recursos de que dispõe. E é o que acontece, quando se verifica que se encontra em 122, de 178 países, em termos de ambiente de negócios, onde nascem e proliferam micro e pequenas empresas.
Brasil nascem menos empresas do que seu potencial pressupõe e, destas, é elevadíssimo o índice de mortalidade, com menos de 2 anos de idade. Morrem cerca de 50% destas empresas, chegando a determinados momentos à inacreditáveis 70%.

É importante ressaltar que uma parte considerável destas novas empresas é erguida por empreendedores com larga experiência profissional anterior, oriundos do enxugamento do quadro de grandes e médias empresas. Quer dizer, pessoas de atitude, com bom nível de conhecimento e visão de mercado, com larga bagagem e experiência de trabalho. São pessoas deste gabarito que estão tropeçando, morrendo 'que nem moscas', aos montes, fechando portas em ruas e shoppings.
O difícil é entender o porquê de tudo isto, e a quem interessa, pessoas ou classes. A resposta é que a ninguém interessa o quadro que está aí. E, então, porque persiste esta lamentável situação?

Uma, entre as mais variadas respostas, é a falta de poder de mobilização dos principais interessados, os pequenos empreendedores. Sua voz não está chegando aos ouvidos de quem decide, ou chega cheia de ruídos e interferências estranhas.

O exemplo mais clássico desta afirmativa esta aí, é recentíssimo: trata-se da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas. A proposição e intenção da lei faziam corações e mentes acreditarem que, finalmente, o país do futuro havia chegado. As MPE's sendo inseridas ao mercado, dezenas de milhares delas, saindo da marginalidade, registrando seus profissionais, acrescentado cerca de 4 milhões de trabalhadores ao mercado formal, empunhando, com dignidade, suas novas carteiras de trabalho. Estas mesmas MPE's pagando impostos, módicos é certo, mas cobrindo com facilidade, toda renuncia fiscal e redução tributária, usufruída por todo o conjunto, inclusive as já existentes. É o que afirmam, em quase unanimidade, os tributaristas. E muitas outras medidas eram esperadas visando à desburocratização, quebrando barreiras artificiais, estranhas aos negócios em si.
Mas, se o sonho não acabou de todo, pois muitos avanços foram alcançados, ainda que sejam de lenta incorporação no cotidiano, o pesadelo ainda ronda os pequenos empresários.
Noites mal dormidas não fazem bem aos negócios.
Estatísticas anuais, noticiadas neste novembro, nos fazem cair na real, literalmente. Descemos 5 posições no estudo WEF, do Fórum Mundial de Economia, arrastados para o 72º lugar em Competitividade.
Quanto à paridade profissional da mulher com o homem, também estamos na impossível posição de 72. Tal fato é ainda mais grave, quando lembramos que elas, a cada ano, vem assumindo a liderança econômica, da provisão de suas famílias, no Brasil.

Quem faz as regras de funcionamento de uma nação democrática são os representantes do povo, dos eleitores que exerceram suas escolhas através do voto. Mas se votar é importante, fazer seus escolhidos trabalharem é fundamental. Delegar responsabilidades pressupõe cobrança de seu exercício, porque somente assim o Brasil vai se projetar para seu lugar, entre seus pares no mundo.
Recente artigo do Financial Times-FT mostra a outra face da moeda, sobre como é muito mais fácil, e descomplicado, abrir e manter 'small business' nos USA. Esta é uma das muitas facetas do ‘grande irmão do norte’, a capacidade de criar ambientes de properidade.
Certamente, facilitar a vida dos pequenos empreendedores é uma forma de alimentar e sustentar uma economia de mercado.
Resta ao Brasil aprender a lição, e fazer o dever de casa.
Eduardo Buys Blog do Varejo www.varejototal.zip.net

Veja no Blog, abaixo, parte do artigo, ou vá direto ao site do FT Escrito por edubuys às 11h22

Um comentário:

Marla Rodrigues disse...

Olá, lindinho, cunhado e tio Du.

algumas diquinhas de uma reles aprendiz de jornalista que acha que entende de jornalismo online só porque estudou o assunto um tiquinho...

os textos estão muuuito grandes, para facilitar a leitura dividam o texto em retrancas, como nas revistas.

Ao separar os parágrafos, dêem mais um "enter" para ficar um espaço entre eles e assim fluir a leitura vertical, de modo a não fazer o seu leitor se perder nas linhas de um grande bloco de texto.

no mais, demonstrando a minha total ignorância assumo que no fatídico dia do almoço não me lembrava quem tinha proclamado a república. Mas ainda assim me lembrava do significado da data e do ano do tal fato histórico.

Ah, gostei do fato de ter várias figurinhas no texto, isso quebra a monotonia das letras. Outra dica: se der pra trocar o fundo branco por algum outro clarinho, vcs vão perceber que a visão se cansa menos e que não dá sono ao ler por muito tempo.

ham..... no mais é só. Qualquer coisa que eu lembrar, vou falando, afinal, eu sou bocuda mesmo!

Quero muito acreditar num Brasil Possível.
=)